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Saiba a importância dos para-raios nos condomínios

Você sabia que o Brasil é líder mundial em registros de raios? Segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil possui uma média de 77,8 milhões de raios por ano. Por isso mesmo, o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) é indispensável para manter os prédios seguros.

Além da obrigatoriedade dos para-raios nos prédios, que devem ter a instalação de acordo com a normatização ABNT, é preciso ainda ter atenção a manutenção desses equipamentos que deve ser feita duas vezes no ano.

No Brasil, existem dois tipos de para-raios mais usados, são eles;

  • Para-raios Franklin – modelo mais comum, sendo composto por uma haste metálica que desce até o solo conduzindo toda energia do raio através desse cabo único.
  • Para-raios de Melsens – ao contrário do Franklin, possui uma série de hastes condutoras, no qual todo o sistema é composto por uma armadura metálica. 

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Já as exigências relacionadas a para-raios são determinadas pelos órgãos abaixo:

  • ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas);
  • Prefeitura do município e do estado;
  • Corpo de Bombeiros da região.

Legislação 

A Norma NBR 5419 da ABNT serve como base para a instalação e manutenção de para-raios em condomínios. Segundo ela, que passou por atualizações em 2015, os locais que necessitam de proteção são:

  • Locais de grande afluência de público;
  • Locais que prestam serviços públicos essenciais;
  • Áreas com alta densidade de descargas atmosféricas;
  • Estruturas isoladas, ou com altura superior a 25 m;
  • Estruturas de valor histórico ou cultural.

Pelas informações acima é possível identificar que a maior parte dos condomínios verticais se enquadram na lei e por isso devem possuir o para-raios.

Aquelas construções que não possuem para-raios devem conter um relatório técnico com sua devida ART (anotação de responsabilidade técnica) feito por um profissional capacitado alegando que a estrutura foi dispensada.

A norma determina ainda que a inspeção visual do equipamento seja realizada a cada seis meses e que os condomínios residenciais tenham cabos condutores de descida instalados a cada 15 metros.

Além disso, a Norma NBR 5419 define qual a exigência de para-raio e SPDA em condomínios. A altura mínima para instalar para-raios é de 25 metros. Mas, as construções em áreas com alta densidade de descargas elétricas são obrigadas a ter para-raios independente da altura.

Riscos de não possuir para-raios

O para-raios permite que a descarga elétrica possa chegar até o solo sem entrar em contato com a estrutura do prédio ou as pessoas que estão dentro dele. Ou seja, esses equipamentos evitam danos a edificação e a vida dos moradores.

Como foi dito, o equipamento serve para proteção dos moradores, e a falta dele pode trazer graves problemas, tanto aos condôminos quanto ao condomínio.

Choque, queima de equipamentos, danos na estrutura do prédio e até mesmo morte, são alguns dos principais problemas que podem ser causados pela falta do equipamento.

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Sem falar na possibilidade de invalidez do seguro. Atenção! Se comprovado que os equipamentos de segurança estavam fora dos parâmetros legais, a seguradora pode sim negar a indenização por qualquer prejuízo ocasionado pelos raios.

Além disso, quando o condomínio não possui ART ou está com o equipamento de para-raios sem manutenção, o síndico pode ser responsabilizado civil e criminalmente em casos de acidente.

Manutenção

Os para-raios devem ser checados semestralmente por uma empresa especializada que vai verificar o funcionamento geral de todo o sistema.

Entre os itens observados por especialistas estão:

  • As hastes devem ser verificadas e avaliadas. Elas precisam estar bem esticadas e isoladores bem fixados à estrutura;
  • A luz piloto do mastro deve ser verificada e nunca deve estar queimada;
  • É importante realizar a limpeza do cabeamento e, também, dos captores. As conexões e fiações, devem estar livres de corrosão e oxidação, principalmente nas regiões litorâneas que sofrem mais com estas intempéries;
  • Não esquecer de verificar o aterramento da caixa d’água, já que ela é uma condutora de eletricidade;
  • Também devem estar aterradas as antenas de TV por satélite, já que são fixadas nos pontos mais altos dos edifícios;
  • E não esquecer de sempre após alguma ocorrência de descarga elétrica, verificar o funcionamento de todo o sistema.

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