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Organizando o descarte de lixo durante a pandemia

A pandemia do novo coronavírus fez com que a produção de lixo aumentasse dentro dos condomínios. Além desta preocupação, o síndico precisa ainda lidar com o descarte correto durante este período. Um desafio grande, já que o brasileiro não tem o hábito de separar o lixo.

É importante ter atenção aos profissionais de limpeza pública, bem como coletores independentes de lixo, eles são aos profissionais que estão trabalhando na linha de frente contra a pandemia, e precisam da ajuda e da conscientização de todos.

Precisamos estar cientes de que o lixo que produzimos pode se tornar um agente infectante se não for descartado da forma mais adequada.

Você sabia, por exemplo, que a depender da superfície, o novo coronavírus pode permanecer vivo por algumas horas ou até dias? Um estudo recente da Associação Brasileira de Engenharia Ambiental e Sanitária, cita o tempo de permanência do vírus em cada tipo de superfície:

  • Plástico – cinco dias;
  • Papel – quatro a cinco dias;
  • Resíduos de vidro – quatro dias;
  • Alumínio – de duas a oito horas;
  • Aço – quatro horas;
  • Madeira: quatro dias; e
  • Luvas cirúrgicas: oito horas.

Por isso mesmo alguns cuidados para proteger moradores e colaboradores passaram a ser tomados na hora de descarte do lixo. Abaixo alguns deles:

  • Manter sempre a separação dos tipos de lixo;
  • Na hora do descarte coloque os equipamentos de proteção, como máscaras e luvas e lixos separados do comum.
  • As embalagens de descarte devem ser reforçadas para evitar vazamentos ou rompimentos, você pode usar dois sacos, no lugar de um, por exemplo.
  • Para garantir o fechamento adequado, o saco não deve estar totalmente cheio. E lembre de lacrar bem.
  • Definir o local de descarte para evitar o acúmulo de lixo;
  • Conscientizar e informar os condôminos sobre as novas recomendações do descarte do lixo. Colocar cartazes e enviar mensagens de conscientização para todos é uma boa alternativa de mostrar a importância da situação.

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Lixo de moradores infectados, como diferenciar?

No caso de pessoas infectadas pela COVID-19, ou com suspeitas, os cuidados com o lixo precisam ser redobrados. Lembrando que é preciso informar ao síndico, que irá explicar as ações do condomínio nesses casos.

Umas das principais iniciativas é identificar o material. Ou seja, a informação pode estar estampada no próprio saco, escrito de caneta, por exemplo.

Muitos condomínios que realizam a coleta de porta em porta também estão reservando um horário diferente para o lixo de pessoas contaminadas com a doença.

Entre outras iniciativas estão:

  • Utilizar uma lixeira de uso exclusivo no ambiente de isolamento;
  • Higienizar todos os pontos de contato com o lixo e também a sacola ou saco que será descartado;
  • A pessoa que descartará o lixo do morador infectado deverá usar máscara e luva, assim como quem recolhe o lixo;

São atitudes simples que ajudam a proteger os nossos familiares, vizinhos, colaboradores do condomínio e agentes da limpeza e recicláveis.

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Aproveitar o momento

Já que as pessoas estão mais em casa, produzindo mais lixo, esse pode ser também o momento para falar sobre coleta seletiva, ou seja, a separação de resíduos recicláveis.

Segundo balanço da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) houve um aumento de 28% na coleta de resíduos recicláveis no Brasil no mês de maio, considerando apenas o lixo doméstico.

Se o seu condomínio ainda não tem essa política o momento é esse. Para manter a motivação dos moradores para essa tarefa, explique a importância da coleta seletiva e apresente resultados positivos obtidos por outros condomínios.

E que tal montar um cantinho no condomínio para fazer compostagem? Cascas de frutas, verduras e restos de alimentos devem ser descartados adequadamente. Infelizmente, a maior parte vai para aterros sanitários em vez de ser usado como adubo, que pode ser usado em uma horta comunitária, por exemplo.

Outra boa dica, é fazer campanhas de educação e passas informações simples, mas que fazem a diferença.

O condomínio pode orientar aos moradores a planejarem as refeições de acordo com o que está disponível na geladeira no momento, evitando, assim, o acúmulo de alimentos.

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E para pensar outras soluções que tal formar uma comissão do lixo? Ela pode ser composta por moradores engajados em pensar soluções e estratégias de comunicação interna sobre o tema.

Além disso, contribui para descentralizar o trabalho do síndico, o que pode ser combinado com o treinamento dos funcionários do condomínio para o manuseio dos resíduos.

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