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Drones ganham espaço dentro de condomínios

Drones entregando compras e fazendo a segurança dentro de condomínios? Parece coisa do futuro não é? Mas esse tipo de tecnologia já começa a aparecer nos empreendimentos e vão desde os aéreos até os terrestres.

Mas de que forma é possível utilizar a tecnologia dentro dos condomínios?

Manutenção e prevenção condominial

Alguns condomínios no Brasil já utilizam os drones aéreos na realização de inspeções de manutenção. Por exemplo, problemas no telhado, infiltrações, vistoria técnica de fachada, todos podem ser analisados mais facilmente, principalmente em condomínios verticais, onde o acesso é mais difícil.

O drone pode ainda ajudar a encontrar focos de água parada, e evitar assim a proliferação do mosquito da dengue.

Especialistas da área, relatam também a possibilidade de utilizar os drones em obras de condomínios. Atualmente o serviço está sendo muito demandando para, por exemplo, a elaboração de laudos de vistoria cautelar, quando uma obra vai ser desenvolvida e o entorno precisa ser mapeado.

E não para por aí, já existe o protótipo de um drone que promete pintar fachadas de prédio integral ou parcialmente. Sem ser necessário qualquer escada ou andaime. Revolucionário não é mesmo?

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Entregas

Em período de pandemia, no qual o distanciamento social se torna essencial no combate ao novo coronavírus, algumas empresas de drones terrestres já começam a surgir oferecendo o serviço de entrega dentro de condomínios.

Os veículos remotos autônomos possuem geolocalização e reconhecimento facial, para que a entrega seja feita de forma segura e sem contato humano, entre a portaria do condomínio e a casa do cliente.

Os robôs são preparados para realizar entregas de diferentes pacotes de delivery (comida, remédios e mercadorias). O peso e a dimensão variam de cada equipamento, mas ficam em torno de 8 Kg e dimensão aproximada máxima de 50 cm³.

A ideia da utilização desses equipamentos nos condomínios é aumentar da comodidade e segurança para os moradores, com diminuição do fluxo e contato de pessoas externas no interior dos ambientes. Assim como ampliar a agilidade no processo de entrega, otimizando o trabalho da equipe da portaria.

Segurança

Os drones possuem características que ajudam no monitoramento remoto, a principal delas está na possibilidade de acoplar câmeras, algumas delas com infravermelho, que ajuda na captação de imagens no escuro.

Além disso, o fato de ser guiado a distância mantém o vigia a salvo e a mobilidade permite varrer grandes extensões do terreno, o que possibilita a eliminação de um grande problema no monitoramento por câmeras, que são os chamados pontos cegos.

Em alguns desses equipamentos a operação é automatizada, sem a necessidade de controle direto do operador. As ocorrências são salvas na plataforma em tempo real, e a rota dos equipamentos é calculada levando em consideração fatores como altura e locais para possíveis quedas.

Valores

Algumas empresas no Brasil já oferecem os serviços descritos acima utilizando Drones. No entanto, os valores ainda não são tão acessíveis assim.

A cobrança dos serviço costuma ser cobrada mensalmente e os valores variam de 5 mil a 10mil reais por mês. A cobrança vai depender do trabalho realizado e tamanho do empreendimento.

Legislação

Para quem tem dúvidas se o serviço é legal e pode ser utilizado em condomínios, a reposta é sim, desde que observado o regramento dos Regulamentos Brasileiros da Aviação Civil (RBAC). Ele prevê registro do aparelho, aprovação ou autorização do projeto, certificado médico, licença e habilitação, seguro específico e obediência as regras de operação.

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Se os quesitos acima não forem preenchidos, podem ser penalizados tanto o operador do aparelho, como a empresa responsável e o condomínio na figura do síndico. Já que o não cumprimento das regras pode colocar em risco a segurança de terceiros.

 Por isso, para evitar maiores problemas, o síndico deve ficar atento ao contratar o serviço. Ele precisa buscar nos instrumentos formais tais como o código civil e a própria norma da ANAC os argumentos legais para possíveis ações judiciais.

Atenção síndico! É importante também revisitar a Convenção e o Regulamento Interno buscando reforçar itens que deliberem sobre o uso desse tipo de equipamento.

Atenção!!

Para realizar uma operação com aeronaves não tripuladas é preciso além de consultar e seguir os requisitos da ANAC, também precisa seguir as normas do DECEA e da ANATEL. Em alguns casos específicos, devem ainda ser respeitadas regras publicadas pelo Ministério da Defesa.

Regulamentação

A ANAC já vem tomando algumas providências importantes para legalizar o uso dos drones aéreos. Como foi, por exemplo, a aprovação do regulamento do uso de aeronaves pilotadas remotamente e a exigência de habilitação para pilotos de aeronaves com peso acima de 25kg.

Também foi regulamento a proibição de pilotagem de drones sobre as pessoas. Com exceção para os casos onde exista autorização formal. Do contrário o equipamento obrigatoriamente deverá estar posicionado a no mínimo 30 metros de distância.

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Para entender melhor, o regulamento dividiu em três categorias as aeronaves:

Veículos com mais de 150kg; veículos entre 25 e 150 kg e veículos abaixo de 25 kg.

  • Para veículos com mais de 25kg é exigido o registro na ANAC;
  • Veículos com mais de 250g até 25kg é exigido o cadastro no site da ANAC;
  • E veículos com peso inferior a 250g não há exigência de habilitação e tão pouco de cadastro.

Foto ANAC

Punição

A regulamentação da ANAC também prevê que quem for pego pilotando drones, em desacordo com as normas estabelecidas, poderá sofrer as seguintes sanções:

Responder processo administrativo (CBA, Lei Federal nº 7.565/86), civil e penal. Inclusive podendo ser preso se constatado que o uso irregular colocou em risco embarcações ou aeronaves por exemplo.

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