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CRISE PANDEMIA: mantenha as contas condominiais em dia

Em meio ao impacto financeiro causado pela pandemia do novo coronavírus, moradores de condomínios questionam e demandam reduções no valor da taxa paga mensalmente. Já síndicos se preocupam em manter as contas condominiais em dia.

Mas é importante lembrar que a responsabilidade do pagamento não pode ser dispensada. Mesmo em situações anormais, a taxa de condomínio é indispensável para o contínuo funcionamento dos locais.

Dessa forma, como a alteração da taxa condominial é algo mais difícil, tendo em vista a importância da mesma, já citada. Sem falar na necessidade de uma decisão coletiva, para que isso aconteça. Vamos aqui trazer dicas que podem ajudar a reduzir os custos e evitar que as contas condominiais entrem no vermelho.

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Revisite as receitas e despesas 

Para conseguir mensurar o montante devido e ainda comparar a inadimplência anterior com a situação atual, o ideal é fazer uma revisão dos últimos 12 meses.

Avalie quanto o condomínio deveria receber de cota condominial e quanto recebeu de fato.  A diferença percebida será a inadimplência.

Para conseguir deixar todas as despesas dentro do orçamento e as contas condominiais em dia, faça um levantamento de todos os gastos pagos no mês. Depois organize por ordem de importância. Assim você consegue ter uma visão geral do que de fato é essencial.

Com essa análise pronta é possível ter noção de quais despesas podem ser cortadas ou renegociadas. Isso pode ser feito de acordo com a relevância do serviço para o momento.

Por exemplo, as reformas não essenciais podem ser adiadas. Essa é uma opção de controle de gastos.

Reduzindo a inadimplência

Em tempo de pandemia a inadimplência condominial tem aumentado em todo o país. Já que, por causa do isolamento necessário para conter a disseminação do vírus, muitos negócios foram afetados. Seja de grandes e pequenas empresas, do trabalhador comum e autônomo. Como consequência, surge a escassez de receitas e recursos para as despesas básicas.

Tendo em vista que a receita dos condomínios advém exclusivamente da contribuição dos condôminos, a inadimplência tende a afetar de forma significativa a saúde financeira dos locais.

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Por esse motivo, o gestor condominial precisa pensar em ações que possam ajudar a combater a inadimplência identificada.

Entre as medidas possíveis estão; renegociar a dívida com o condômino devedor ou cobrar judicialmente (bom destacar que a judicialização só em último caso, levando em consideração a situação atual, a negociação é sempre o mais indicado).

Outra opção é estender o vencimento da cota condominial, isto pode ajudar um morador que esteja passando por dificuldades a honrar a conta sem multa.

Um exemplo: Se o boleto vence mensalmente no dia 10, mas o residente deixa claro que não conseguirá pagar, ele pode solicitar uma nova data dentro do mês.

Os condôminos como ato de bom-senso e considerando o período em que todos estão vivendo devem acatar a solicitação nessas situações.

Sempre cotar preços

Mais do que nunca os condomínios vão precisar gastar um pouco mais de tempo para pesquisar preços de serviços mais em conta. Mas, sem afetar a qualidade.

É hora de cotar muito antes de comprar ou contratar. Gastar com o primeiro fornecedor que se encontra pode ser uma armadilha para o equilíbrio financeiro coletivo e afetar as contas condominiais.

Dica MyCond: Nesse processo o MyCond pode te ajudar. Contamos com uma lista grande de parceiros que podem oferecer o melhor preço com o melhor serviço.

Enxugando a folha de pagamento

Quem administra um condomínio sabe que a folha de pagamento é o maior custo. Ele fica entre 60 a 65% do valor pago em salários todos os meses.

E como solucionar isso? Uma das opções é reduzir as horas extras dos funcionários.

Além disso, a tecnologia pode ajudar. Existe hoje no mercado a portaria remota que vai reduzir os custos com vigias e porteiros.

LEIA TAMBÉM: Transformação digital – Condomínios precisam estar prontos para o mundo pós-pandemia

Sem falar que você pode reduzir em até 70% os custos com administradoras de condomínios. Para isso basta aderir a soluções que forneçam os mesmos serviços, mas de forma automatizada.

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Tarifas bancárias menores

Hoje o mercado financeiro já traz uma gama maior de bancos. Os digitais, por exemplo, chegaram ao mercado com taxas menores, ou às vezes sem algumas taxas comuns dos bancos tradicionais. Avalie se algum deles consegue atender as necessidades do seu condomínio.

Para se ter uma ideia, os bancos digitais oferecem opções para reduzir custos com geração de boletos, taxas de transferências como TED e DOCs.

Importante lembrar que essa mudança deve passar pela aprovação dos condôminos.

Avalie usar o fundo de reserva

O fundo de reserva é uma espécie de poupança do condomínio. O valor pago varia de condomínio para condomínio e está determinado na Convenção.

Este dinheiro guardado costuma ser utilizado em casos emergenciais ou para realização de obras que necessitem imediatamente de recursos.

Segundo a alínea “j” do § 3º do art. 9º da Lei 4.591, de 1964, deverá conter na Convenção do Condomínio “a forma de contribuição para constituição de fundo de reserva”. Por sua vez, o Código Civil de 2002 institui que a convenção deve definir a forma de cobrança desse fundo, conforme inciso I do art. 1.334.

LEIA TAMBÉM: O papel do síndico no período de pandemia

Neste período de pandemia e crescimento de inadimplência é possível avaliar o uso deste fundo de reserva. Lembrando sempre que as ações tomadas pelos síndicos e administradores precisam ser orientadas pelos Princípios Gerais do Direito e pelo bom senso.

Hoje, já com a possibilidade de utilização de assembleia virtual, é possível reunir os condôminos e votar. Esta opção evita que o síndico tome decisões unilaterais, tendo em vista que ele assume responsabilidade civil e penal pelos seus atos.

No caso de uma situação emergencial e sem tempo de convocar uma assembleia geral extraordinária, a orientações de especialistas é que ao menos o Conselho Fiscal seja consultado.

Caso não aja, o Conselho Consultivo pode ser consultado a fim de que a decisão seja considerada a mais assertiva para o condomínio.

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